Para quem não viu essa segunda entrevista do Bem Estar, foi feita na parte da tarde, fora do horário do programa.
Pessoas com doença celíaca têm predisposição genética, diz médica.
Gastroenterologista Vera Lúcia Sdepanian tirou dúvidas sobre glúten. Sintomas podem passar despercebidos ou não existir em alguns casos
Para aprofundar os temas glúten e doença celíaca, a gastroenterologista pediátrica Vera Lúcia Sdepanian, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), conversou com o G1 na sequência do Bem Estar desta quinta-feira (2).
Segundo a médica, a pessoa nasce com predisposição genética para ter o problema e, depois de meses ou anos de consumo de glúten, pode desenvolvê-lo. Em geral, o distúrbio aparece entre o primeiro e o terceiro ano, mas pode ocorrer também em adolescentes, adultos e idosos. Ainda não se sabe por que a doença se desenvolve em momentos diferentes da vida.
Às vezes, os sintomas passam despercebidos e não são identificados precocemente. A diarreia crônica costuma ser o principal sinal, acompanhada de emagrecimento e distensão do abdômen. Entre outros sinais, estão anemia que não responde ao tratamento com ferro, baixa estatura sem causa, atraso na puberdade, osteoporose, inchaços súbitos após infecção ou estresse, aftas frequentes, intestino preso e prejuízos do esmalte dentário. Eles podem aparecer isoladamente ou em conjunto, e a doença também pode ser assintomática.
A especialista explicou que o glúten geralmente é introduzido na dieta humana por volta dos 6 ou 7 meses de vida, e familiares de primeiro grau têm mais chance de manifestar a doença celíaca. De cada cem parentes próximos, seis têm chance. E, de acordo com uma pesquisa feita em São Paulo pela Unifesp, para cada 214 doadores de sangue saudáveis, há 1 celíaco.
Pessoas diabéticas, com problemas de tireoide, síndrome de Down ou Turner também têm mais probabilidade de apresentar doença celíaca. Os indivíduos que atingem um grau excessivo de fraqueza e emagrecimento correm mais risco. E, na infância, uma síndrome chamada de crise celíaca pode provocar uma diarreia tão forte a ponto de matar.
Vera Lúcia esclareceu, ainda, que os celíacos podem comer os mesmos alimentos que alguém sem a doença, desde que na composição não haja glúten. Esses itens podem ser preparados com substitutos como milho, mandioca, tapioca, polvilho, batata e arroz.
Segundo a gastroenterologista, em lojas e supermercados, os produtos costumam ser mais caros porque não têm liga nas massas e devem ser preparados de forma especial. O Brasil ainda está aquém do mercado europeu, onde as empresas competem entre si e os valores são menores.
O diagnóstico da doença celíaca deve ser feito antes da retirada do glúten da dieta. Recentemente, o Sistema Único de Saúde (SUS) destinou uma verba de cerca de R$ 800 mil para que esse teste seja feito em todo o Brasil. Porém, só cerca de 10% desse valor foi gasto até agora. Após o resultado positivo do exame de sangue, deve ser feita uma biópsia do intestino delgado.
Segundo a médica, a pessoa nasce com predisposição genética para ter o problema e, depois de meses ou anos de consumo de glúten, pode desenvolvê-lo. Em geral, o distúrbio aparece entre o primeiro e o terceiro ano, mas pode ocorrer também em adolescentes, adultos e idosos. Ainda não se sabe por que a doença se desenvolve em momentos diferentes da vida.
Às vezes, os sintomas passam despercebidos e não são identificados precocemente. A diarreia crônica costuma ser o principal sinal, acompanhada de emagrecimento e distensão do abdômen. Entre outros sinais, estão anemia que não responde ao tratamento com ferro, baixa estatura sem causa, atraso na puberdade, osteoporose, inchaços súbitos após infecção ou estresse, aftas frequentes, intestino preso e prejuízos do esmalte dentário. Eles podem aparecer isoladamente ou em conjunto, e a doença também pode ser assintomática.
A especialista explicou que o glúten geralmente é introduzido na dieta humana por volta dos 6 ou 7 meses de vida, e familiares de primeiro grau têm mais chance de manifestar a doença celíaca. De cada cem parentes próximos, seis têm chance. E, de acordo com uma pesquisa feita em São Paulo pela Unifesp, para cada 214 doadores de sangue saudáveis, há 1 celíaco.
Pessoas diabéticas, com problemas de tireoide, síndrome de Down ou Turner também têm mais probabilidade de apresentar doença celíaca. Os indivíduos que atingem um grau excessivo de fraqueza e emagrecimento correm mais risco. E, na infância, uma síndrome chamada de crise celíaca pode provocar uma diarreia tão forte a ponto de matar.
Vera Lúcia esclareceu, ainda, que os celíacos podem comer os mesmos alimentos que alguém sem a doença, desde que na composição não haja glúten. Esses itens podem ser preparados com substitutos como milho, mandioca, tapioca, polvilho, batata e arroz.
Segundo a gastroenterologista, em lojas e supermercados, os produtos costumam ser mais caros porque não têm liga nas massas e devem ser preparados de forma especial. O Brasil ainda está aquém do mercado europeu, onde as empresas competem entre si e os valores são menores.
O diagnóstico da doença celíaca deve ser feito antes da retirada do glúten da dieta. Recentemente, o Sistema Único de Saúde (SUS) destinou uma verba de cerca de R$ 800 mil para que esse teste seja feito em todo o Brasil. Porém, só cerca de 10% desse valor foi gasto até agora. Após o resultado positivo do exame de sangue, deve ser feita uma biópsia do intestino delgado.
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