Fonte: http://oglobo.globo.com/saude/um-cardapio-de-possibilidades-surge-com-nova-vacina-6349931
RIO - Uma vacina que impede o organismo
de reagir a um dos principais ingredientes do pão, o glúten, está sendo testada
em mais de 100 pacientes dos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia. De
acordo com a empresa Immusant Inc, essa pode ser a “primeira receita no mundo
para curar a doença celíaca”.
Depois de identificarem 3.000 fragmentos
proteicos do glúten que causam danos ao organismo, os cientistas reduziram esse
número a três, que pareceram explicar quase todos os casos da doença celíaca. A
partir daí, desenvolveram a nova vacina, que, de acordo com os testes
realizados em laboratório, mostraram que o medicamento pode ajudar o sistema
imunológico a se tornar tolerante ao glúten.
— Esperamos que o NexVax2 reduza
drasticamente a resposta imunológica do organismo ao glúten para que o paciente
possa ter uma dieta normal e uma vida saudável — disse um porta-voz da Immusant
Inc ao site do Daily Mail UK.
A nova vacina contém pequenos fragmentos
de proteínas, que são as responsáveis pelo
desencadeamento do sistema imunológico durante o processo digestivo. Por serem
tão pequenos, os fragmentos não são atacados pelo sistema imunológico que são
aumentados gradualmente, permitindo que o sistema imunológico habitue-se
lentamente a níveis mais elevados de glúten.
Com a intolerância ao glúten,
normalmente, a pessoa sofre crises de diarreia e vômitos depois de comer algum
alimento que contenha a substância. Dessa maneira, o organismo fica carente de
proteínas e minerais e os ossos começam a enfraquecer, aumentando o risco de
osteoporose. Estudos mostram ainda que o risco de câncer de intestino também
aumenta.
Atualmente, não há cura para a doença,
apesar de haver dietas e medicamentos que podem ajudar a controlar os sintomas.
Enquanto isso, os cientistas dizem que a vitamina D pode ajudar a tratar a
colite ulcerosa.
Embora o pão seja o mais conhecido vilão,
o glúten também pode ser encontrado alimentos como massas, bolos e biscoitos.
— A vacina definitivamente poderá fazer a
diferença. A empresa espera ter tudo pronto dentro dos próximos três ou quatro
anos — afirmou a pesquisa Sarah Sleet, chefe-executiva da “Charity Coeliac UK”,
que financiou parte do trabalho sobre a vacina.
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